quinta-feira, 11 de outubro de 2012

aflorando a sensibilidade no olhar



Utilizar a imagem fotográfica para interagir, de modo crítico, com o cotidiano, tendo a produção livre como base para criar narrativas, por meio de imagens, que integram à sensibilidade dos autores. Tem como foco principal construir uma visão ampla e, sempre, com consciência de tal sensibilidade.    
Como, por exemplo: o que é olhar o mundo através de suas lentes? Quais mudanças são desencadeadas no olhar através de domínio técnico e no que isso influência para transmitir sua sensibilidade e o faz transparecer esses sentimentos na imagem finalizada? O que somos capazes de ver e o que nos escapa ao olhar?      
Mostrar um mundo singular através das lentes e, a partir disso, podemos tomar partido do uso da tecnologia e construirmos um conhecimento crítico do cotidiano e, quem sabe, tornarmos pessoas emancipadas para a criação autoral. Fazer com que o uso das lentes seja, realmente, uma prótese do olhar e acabar se tornando a nossa escrita em forma de imagens.

Criando o acervo de imagens pessoais: desvelar detalhes que passam despercebidos, momentos em que fração de segundos acabam-se, para que possa se desenvolver um olhar mais preciso, um olhar que cria, observa e entende o desentendido, articulando, assim, a percepção, imaginação, conhecimento, produção artística, valorizando e respeitando culturas e diversidades.

Objetivando como foco principal o ensimesmar-se, ou seja, ter a atenção voltada para o interior ou para os pensamentos. Concentrar-se em sensibilidade ímpar, abstraindo-se para a captura de fragmentos, sensações, sentimentos, impressões e verdades interiores, aflorando a subjetividade aliada a experiência racional e sensível com relação ao mundo vivenciado, podendo revelar, então, outros modos de ver e conviver com a realidade.
A produção desencadeada no processo de criação das fotografias, revelará características que o aproxime e o distinguia ao contexto de seus mares interiores, fazendo com que o mesmo tenha um olhar mais ampliado para com o cotidiano, submetendo as câmeras fotográficas ao seu poder de interpretação. 
Trata-se de colocar o indivíduo em posição de criar sua própria visão sobre o mundo, de modo menos sisudo, ou seja, dando um sentido diferente que a vida posteriormente adquire ao longo dos anos, o que convém nos deixar mais “cegos” para com os detalhes diários. A intenção é assumir a sensibilidade e a capacidade de desencadear um conhecimento que desmascare a superficialidade e a padronização do olhar, permitindo, então, a profundidade e a interpretação das imagens que, de segundo a segundo, circundam-nos.      

 


Um comentário:

  1. Eu concordo com você, tem que ter muita sensibilidade para fotografar.
    Uma fotografia, nunca se resume apenas em imagem,e sim na eternidade de um fato!

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e ai?